Fórum sobre Corretivos: Plantio Direto exige implantação bem-feita, dizem especialistas

O Sistema de Plantio Direto (SPD) tem garantido ao Brasil altas produtividades. Porém, a rentabilidade do agricultor é maior quando a implantação da cultura nesse sistema segue os cuidados com a fertilidade do solo.

Esses cuidados incluem a incorporação inicial do calcário nas camadas abaixo de 20 cm de profundidade. A manutenção desse processo de construção do perfil do solo está atrelada, entre outros fatores, à aplicação do calcário em superfície nas etapas seguintes.

As recomendações marcaram o 2º Fórum sobre Corretivos de Solo, realizado pela Abracal neste dia 26 de março, em Piracicaba (SP). A organização foi do Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (Gape), da Esalq/USP.

Cerca de 300 profissionais de vários estados brasileiros acompanharam sete apresentações com foco na atualização técnica sobre o uso de corretivos de solo.

Dosagens de corretivas estão baixas

No evento, surgiu o alerta de que parte das aplicações está utilizando dosagens de corretivos, como o calcário, abaixo do necessário. Algumas das recomendações se baseiam em estudos feitos quando o SPD era novidade. São quase 30 anos das primeiras ações envolvendo o sistema.

“O conhecimento trazido pelos palestrantes foi transformador. O país necessita ampliar a correção de acidez de solo. O consumo de calcário tem crescido no Brasil, mas ainda está 30% abaixo do necessário”, afirmou o presidente da Abracal, João Bellato Júnior.

“Os corretivos de solo tornam a agricultura mais sustentável e rentável, além de incrementar a produção de alimentos e energia para nosso país e para o mundo”, complementou.

O uso de outros corretivos, como o gesso agrícola, também foi debatido. A atualização dos corretivos é fundamental também para a gestão agrícola, diante da oscilação dos preços das culturas e a forte pressão para redução de custos.

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