Brasil: avança o consumo de calcário agrícola, mas ainda há um déficit

O consumo de calcário no agronegócio do Brasil apresentou um novo recorde em 2023. Números divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal) apontam um consumo de 61,6 milhões de toneladas do insumo no ano passado.

Esse foi o melhor número já registrado em 30 anos de levantamento. De 1993 até hoje, o emprego do insumo cresceu 4 vezes. Sua principal função é corrigir a acidez elevada em quase todo solo dos países tropicais, condição que afeta a produtividade.

Porém, ainda está abaixo do necessário. O déficit nacional atinge perto de 20 milhões de toneladas, estima o presidente da Associação, João Bellato Júnior. Há pesquisadores que também defendem a revisão das quantidades aplicadas.

A comparação anual reforça o avanço. Foram aplicados 8,4% a mais de calcário no ano passado, ante 2022. Pela ordem, os estados que mais usaram o corretivo de solo em 2023 foram: Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

Bellato reforça que a produtividade cresce, entre outras causas, devido ao uso do insumo. “Mato Grosso e Goiás se consolidam como maiores produtores em função da tecnologia brasileira para plantio de grãos em solos ácidos, que são os cerrados”, afirma Bellato.

É importante que a aplicação sempre ocorra com ajuda de um técnico, que avalia os resultados da análise laboratorial de solo. Confira aqui os dados estatísticos de 2023.

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