Haddad e entidades debatem Plano Safra; Bellato cita ajuda ao pequeno agricultor

A mensagem sobre o uso de corretivos de acidez de solo precisa chegar ao pequeno agricultor, bem como os recursos para que a aplicação desses corretivos ocorra. As práticas foram defendidas pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), João Bellato Júnior, em audiência com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A audiência aconteceu na última sexta-feira, 03/05, no gabinete do Ministério da Fazenda, em São Paulo. Além da Abracal, participou um grupo de entidades, que defendeu maiores recursos para o Plano Safra 2024-2025. A coordenação do encontro coube à Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Além dos fornecedores de máquinas agrícolas, as entidades presentes representam setores da indústria que fornecem produtos ao agronegócio brasileiro. O encontro buscou sensibilizar Haddad a respeito dos recursos destinados ao Plano Safra 2024/2025 no orçamento da União.

Os empresários apresentaram números sobre os impactos de suas áreas na economia nacional. Até junho próximo, o governo deve anunciar o plano para os próximos meses.

A Abracal estima que o consumo de calcário agrícola, um dos corretivos, esteja 30% abaixo do necessário. A prática da calagem, que é a correção da acidez do solo, permitiria ampliar a produção de alimentos e energia sem a necessidade de plantio em novas áreas. Também melhoraria emprego e renda no campo.

Bellato saiu otimista do encontro. “Existem, no Brasil, 357 mineradoras produzindo calcário que estão registradas no Ministério da Agricultura. Estas mineradoras têm capacidade produtiva para suportar a demanda de consumo sem que haja necessidade de financiamentos públicos”, afirmou o presidente da Abracal.

40% esperam recursos do Plano Safra

As técnicas de solo precisam chegar ao pequeno produtor, segundo ele. “Temos cerca de 40% de agricultores de pequeno porte que necessitam de ajuda em um Plano Safra. Liberado, esse recurso volta ao país em divisas, que são geradas pelos grãos, aves, carnes bovinas, entre outros, além da geração de empregos”, citou Bellato.

O plano atualmente em vigor reservou R$ 435 bilhões para diferentes linhas de crédito. O calcário foi um dos itens citados pela sua importância, mas ainda há dificuldades burocráticas para que o dinheiro destinado à calagem chegue até o produtor.

Os empresários também esperam uma indicação mais firme de redução na taxa de juros utilizada no plano. A expectativa é de um dígito, ficando próxima de 9,5 % anuais.

Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *