Abracal, que reúne indústria de calcário, festeja 30 anos e o avanço na produtividade agrícola

A Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal) está completando 30 anos de atividades. Ao longo de 3 décadas, o consumo de calcário cresceu quase 4 vezes no Brasil. Sua aplicação se mostra importante para o avanço da produtividade agrícola do país.

“Esse avanço é, ao mesmo tempo, nossa principal conquista e o maior desafio futuro. Mostramos que a produção de alimentos pode crescer na mesma área, evitando que novos espaços sejam ocupados com as culturas. Porém, os produtores, principalmente os de pequeno porte, precisam valorizar o manejo de solo”, avalia o presidente da Abracal, João Bellato Júnior.

Levantamento da própria associação mostra que, em 1992, quando da fundação da entidade, Brasil consumiu perto de 15,4 milhões de toneladas de calcário. No ano passado, o consumo chegou a 54,5 milhões de toneladas.

A Abracal avalia que o consumo ideal em um país como o Brasil, em que as terras são ácidas, seria de 80 milhões de toneladas. As oscilações são comuns. Em 1999, o consumo despencou, por conta de fatores econômicos e climáticos, recuando a registros que ocorriam 10 anos antes.

Redução de custos para agricultores

“Poderíamos ter avançado mais na produtividade. Onde houve manejo de solo com a aplicação de calcário, como nas regiões Sul e Centro-Oeste, a colheita por hectare de grãos e a qualidade dos pastos melhoraram muito. Mais ao centro do país, São Paulo e Minas Gerais ganham corpo na produção de laranja e cana-de-açúcar”, diz Bellato.

Reunida em sete sindicatos regionais, a indústria de calcário aponta que a aplicação de corretivos agrícolas ajudou o agronegócio brasileiro a prosperar e a população a se alimentar.

O ganho por hectare representa, para os produtores rurais, menores custos, e para a natureza, espaços preservados. Estudo do governo, divulgado pelo perfil Nutrientes pela Vida, aponta que o volume de grãos colhido no país cresceu 6 vezes, e espaço plantado, apenas 2 vezes. O estudo levou em conta os anos de 1975 a 2017.

Encontro em Goiânia

Os custos ainda são pressionados em outros itens. Uma área sem correção da acidez de solo costuma desperdiçar um terço dos nutrientes dos fertilizantes. Complementares, os dois produtos apresentam preços diferentes – o fertilizante é importado e seu custo em dólar, enquanto o calcário tem sua cotação em real.

Esse será um dos temas das ações para marcar os 30 anos da Abracal, o encontro nacional dos produtores de calcário agrícola. O Enacal ocorrerá no dia 8 de dezembro, em Goiânia (GO). As inscrições são gratuitas – veja mais aqui.

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