Excesso de peso é desafio no transporte de insumos agrícolas

O excesso de peso é um desafio no transporte do Brasil. A situação também envolve o setor de insumos agrícolas. As indústrias de calcário têm trabalhado para evitar que o carregamento de caminhões seja feito com carga acima do permitido.

A orientação aos motoristas ocorre em grande parte das empresas, de forma permanente. “Buscamos a conscientização de toda a cadeia produtiva, porque há uma série de efeitos negativos no frete com excesso de carga”, relata o presidente da Abracal, João Bellato Júnior.

Uma rápida busca nas notícias da internet mostra a preocupação de vários segmentos econômicos com o tema. O setor de seguros alertou que coberturas em caso de acidentes podem ser invalidadas diante de irregularidades.

O Sindicato das Indústrias de Calcário do Estado de São Paulo (Sindical) trabalha há mais de 15 anos no tema. “Agimos na prevenção, alertando para as consequências, que vão desde a punição do motorista até os danos gerados no próprio caminhão”, conta Euclides Francisco Jutkoski, diretor do Sindical.

Em caso de acidente, a infração gera responsabilidade criminal. Flagrado na fiscalização, o caminhão fica retido até o transbordo ser feito, ocorrendo perda de tempo.

“Usamos banners e focamos no pessoal da expedição dos associados, que repassam aos clientes e motoristas informações sobre o peso máximo de carga”, afirma Euclides.

Sem justificativa financeira

O modelo e o número de eixos do veículo determinam a capacidade de carga. O peso a mais dificulta, por exemplo, a frenagem. Danos no asfalto da rodovia também são registrados, prejudicando o próprio condutor do caminhão.

Especialistas reforçam que a carga dentro dos padrões poupa combustível e diminui a necessidade de manutenção. Esses dois fatores tiram qualquer justificativa financeira para exceder a capacidade.

O conteúdo do Sindical orienta agricultores também na gestão, como a possibilidade de programar a compra dos insumos. São Paulo tem maior consumo entre julho e outubro. Uma consulta ao engenheiro agrônomo ajuda na programação e na estocagem.

Outra prática é o frete retorno – quando o agricultor contrata, a valores mais em conta, uma carreta que retornaria vazia de outra entrega. Saiba mais aqui.

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